![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRzZ1vXh727q0cxgacM39P1Sz3uyuuQxILm2iGIu1p36oz7Kp3GnakxpKjeXN_rTrRrNjsX9MkqFZ083qvgnuk58Es25jIX3ttcOeEJbS6g0w2WuAlPntXw_4y2w7aoE3U5ZGp9hbUlc/s400/img46f0ed4859a7f.gif)
Chegam de improviso, trazidos pelo vento
Em brilho estranho, em mansidão inquieta,
Grandes borboletas silenciosas,
Asas de ouro abertas e paradas.
Na tranquila lagoa, palpitantes,
Rasto de espuma levíssima,
Prateada...
Sem corpos, numa leveza sem formas,
Feitos de vapores e de raios,
Perdidos seus risos no canto dos pássaros.
Na manhã úmida e quente,
São força germinadora,
Estão na cor marrom da terra fresca,
Coberta no tenro véu de ervas e violetas.
Em sons, nas nuvens ou nos pessegueiros em flor,
É o inefável sorriso,
De um rosto dulcíssimo que nunca veremos...
Neyde Bonfiglioli Trussardi