Talvez tenhamos, razão,
Sobre a passagem do tempo,
Estamos muito ocupados
Para percebê-lo.
Como uma pessoa que anda de bicicleta
Não pode olhar fixamente para trás,
A brisa no rosto dá sentido a algo novo e agradável,
Assim somos, acostumamos com o conforto.
Com a brisa carinhosa, passamos
A pedalar com mais vigor,
Como se um espaço ficasse para traz,
Mas esquecemos que o tempo não pára.
Não está alem de nossos ombros,
E se diminuir o ritmo
Ele não poderá nos ultrapassar,
Porque tempo é evento.
Podemos ficar imóveis,
E mesmo assim ter algum prazer,
Pedalando ou não, cansarei,
Inalando quilômetros de vida.
Gustavo José Schrader
