Ver a relva tremer, languidamente,
Admirar a folha, com seu bailado,
Respingar em mim, a água do lago...
O voo do passarinho a me encantar,
A areia subindo, perder-se no ar,
O galho mudar de lado, polidamente,
A flor da noite abrir-se, magicamente...
Ver-te do homem, tirar o chapéu,
Derrubar a colmeia, espalhar o mel,
Empurrar o bolo, que a mãe pousou na janela,
Levantar a saia, da moça, que se envergonha...
Vento, que trazes contigo, uma mensagem singela,
Dizendo-me, o quanto a vida pode ser bela,
Deixas comigo, o amor e a ventura,
Me beijas e vais embora... És livre... Nada te segura...
Lani (Zilani Celia)