A noite escorre pelo tempo.
É tarde, as estrelas brincam lá fora,
A lua estende seus dedos pela terra.
Refresca-se no mar, mira-se no Tejo...
Há perfumes que se espalham,
Aromas de flores que não abriram.
O ar é leve, suave...
Minha alma corre ao sabor da brisa.
Sinto além o murmurar do caniçal,
Quando por ele passa o vento,
Canta uma melodia de Deuses.
A terra descansa, sonha, a noite estende-se,
Mostra-se, abraça a terra...
Há uma lassidão do campo aqui, na quase cidade...
Sonho com impossíveis, que agora são reais.
Estendo as mãos sinto a vida,
Basta querer, basta não acordar...
Basta ser poeta, ser diferente....
Sentir com a alma, com o coração,
Ter fé, esperança.... Acreditar...
Circe