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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Abra essa garrafa, é vinho d’outra safra,
é poesia curtida, mas pode ser sorvida.
É perfume de alfazema,
composto em um poema, veste a alma de alegria,
desaperta em si a magia.
Todo poema é assim, um mar azul sem fim,
água que beija a areia, ao canto de uma sereia.
E quando fala de amor, o coração vira flor,
a alma se veste de lua, 
e a paz se torna nua.
Na verdade me inebria, quando me toma a poesia,
me eleva ao paraíso,
e de mais nada eu preciso.

(Santaroza)