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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
NAVEGANTE
Quando navegar em poesia teu olhar
Saiba que sou a água em que flutuas
Águas tanto minhas quanto tuas
De nossas nascentes a nos agasalhar
Quando em poesia teu olhar navegar
O longe estará mais perto do caminho
Um beijo uma loucura um cinema um ninho
No brilho desse inquebrantável chegar
Quando navegar em poesia teu olhar
Estarei contigo mesmo que tacitamente
Em todo teu segundo concomitantemente
Até ao porto de onde já não se possa zarpar
Quando em poesia teu olhar navegar
Deixe toda emoção de teu corpo afluir
Nosso navegar lentamente assim confluir
Ao ponto do infinito onde reside o amar
( Leilson Leão)
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