| Cantar de beira de rio: Agua que bate na pedra, pedra que não dá resposta.
Noite que vem por acaso, trazendo nos lábios negros o sonho de que se gosta.
Pensando no caminho pensando o rosto da flor que pode vir, mas não vem
Passam luas - muito longe, estrelas - muito impossíveis, nuvens sem nada, também.
Cantar de beira de rio: o mundo coube nos olhos, todo cheio, mas vazio.
A água subiu pelo campo, mas o campo era tão triste... Ai! Cantar de beira de rio. | | | Autor: Cecília Meireles | |
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