Outro serei amanhã
Quando o silêncio pousar
Na rosa branca dos ventos
Rosa de espuma e luar.
Outro serei, quando as aves
Voltarem da tempestade,
Trazendo a luzir na treva
Sementes de eternidade.
Outro serei, quando a noite,
Como nunca, de mansinho,
Vier espreitar-me os passos,
Junto à incerteza e ao caminho.
Outro serei amanhã
E entre dois esquecimentos
Levarei meu sorriso
E a rosa dos ventos.
Paulo Bonfim