Escrevo versos. Levanto a cabeça e vejo na minha janela
Bambus que se balançam. Fazem um ruído de fonte.
O céu é azul.
Os caracteres que traço
parecem brotos de ameixeiras esparsos na neve.
O perfume das pequenas laranjas de Kiang-nam se evapora,
Se as guardardes por muito tempo nas mãos.
As rosas precisam de sol. As mulheres precisam de amor.
Os caracteres que traço
não precisam senão do rumor dos bambus:
E são eternos! Eternos!
Li T’ai-Po (701-762)