Fosse rosa num tom de carmim,
Esse vento que me leva para lá do horizonte,
Onde as cores tomam conta do meu jardim,
Fazendo jorrar assim em mim a fonte,
Da esperança que ainda alcança o Monte.
Fossem mais de mil as rosas,
Com aromas doces e condensados,
Albergando nas pétalas as prosas,
De um amor conturbado nos vários passados,
Dos pobres corações apaixonados!
E que fossem mais os beija-flor,
A sobrevoarem as cores de aromas,
Que sugam do néctar o mais belo amor,
Para o qual não há mais idiomas,
Apenas beijos trocados em redomas.
Fosse apenas uma a rosa,
Na imensidão do mundo em jardim,
Que mente com o aroma da formosa,
As canções daquele pequeno querubim,
Que albergou entre as rosas um botão de jasmim.
Marlene