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quarta-feira, 6 de abril de 2011

A borboleta azul



De uma clareira à borda da floresta,

Que o sol transforma em rútila vinheta,

Toda de azul, como quem vai à festa,

Passa, bailando, a linda borboleta.



Uma ninfa, talvez, fugindo à sesta,

Em busca de algum Pan, deusa faceta,

Toda beleza e graça manifesta,

Voejando, entre uma rosa e uma violeta.



Não tenta conquistar as altitudes,

Transpor abismos e vencer taludes,

Pois nasceu borboleta e não condor…



È que ela busca apenas a quem ama,

E despreza a riqueza, a glória e a fama,

Pois tem tudo na terra, tendo o amor…

Faustino Nascimento