Escrevo-te! Um pequeno verso
Escondido nas flores, que te envio.
Um verso solto, pra encher o vazio
E na solidão dar um nó, reverso.
Escrevo-te! Dias de sol, luas inteiras
Uma canção de amor, doce e ardente
Que invada o coração e simplesmente
Enxugue em ti, as lágrimas corriqueiras.
Escrevo-te! E ao te escrever, eu faço
Uma aliança de mãos, pinto o abraço
Invento a luz, te envio a claridade.
Escrevo-te! A minha última emoção
Pra que não morra o verso em minha mão
E que não mate o amor, essa saudade.
Amaro Vaz Filho