Elas passam lentas ou em correria,
De nívea beleza, encasteladas,
Sopradas pela fúria das nortadas,
Peregrinas em celeste romaria.
Algumas sorriem, alvas de alegria,
Outras escurecem, choram desoladas.
São etéreas como a luz das alvoradas,
Mas são belas, saturadas de magia.
Amiúde, decidem visitar a terra,
Cobrem com volúpia o alto da serra,
Vão também beijar o corpo do mar.
Quando o sol boceja, a noite acorda
E a lua enamorada de luar transborda
Elas continuam no céu a peregrinar.
Luís Santos (aquazulis)