Quando me falas, ouço-te em sinos,
no bronze puro que em tua alma soa...
A deslizar nos traçados tão finos,
a terna palavra que me abençoa!
E as carícias que nas letras sinto,
vencem enfim a distância tão longa...
E nos versos e rimas já pressinto
o sofrer da saudade, que prolonga...
Abençoada enfim, seja a poesia,
que, generosa, as asas nos empresta
para compor tão rara melodia!
Nas rimas, desfiamos a emoção...
E essa canção alada que nos resta
é o que nos ata, a alma e o coração!...