Quando se conjuga o verbo amar,
Não existe regular ou irregular.
A gramática do corpo se perde
Entre histórias e contos de fadas.
O ponto final nunca aparece,
Mas sempre reticências...
O sangue torna-se cada vez mais forte
Durante o colorir dos pontos de exclamação.
O fogo de amar apaga as páginas
Dos advérbios de dúvida e de negação.
O encontro vocálico que domina
Está na palavra coração.
E queremos, por sorte, pular
As páginas de interrogação.
Não existe regular ou irregular
Quando a poesia da vida
É viver conjugando o verbo amar.
Fábio Guilherme