Devolvo-te as flores
que, escondido
enquanto a noite
enchia-se de estrelas
e tu de sonhos,
roubei de ti
para me perfumar,
Jardim Perfumado
que és.
E agora,
já perfumado de deusas,
devolvo-as
com o néctar
que emprestei
das abelhas rainhas
e com os beijos meus,
cuja fórmula doce
aprendi com o beija-flor.
Devolvo-as sem mais nada.
Apenas
espero que o silêncio
acomode-se entre os vácuos das palavras
e os sentidos as transparentem.
Oswaldo Antônio Begiato