Observo-te!... Teu campo, teu domínio Tua grandeza, tua proporção Causa em mim, um tal fascínio Que me entrego à contemplação...
Um oceano negro, salpicado Reluzindo um brilho desigual Em cada ponto teu, que é prateado Há uma incerteza natural
Envolve a Terra com simplicidade Interfere no comando da razão Negas ao mundo tua claridade Pois teu segredo, habita a escuridão
Os astros, súditos de teu reinado São carícias, em teu revolto manto Inspiram mistérios velados Que chegam a causar-me espanto...
Sugere sempre o desconhecido Incita toda a sensibilidade Dominas o rumo de quem foi vencido Pela fraqueza da curiosidade...
Causa-me inquietação Quase um medo de te conhecer Receio tua força, tua solidão Quando te afastas ao amanhecer...
Céu... Infinito... Paraíso! Quem sabe o que és realmente Permaneces num ato conciso Acolhendo este planeta incoerente...
Meus olhos brilham ao observar-te Porto de almas infantis! Meu coração deseja revelar-te O quanto na verdade, me fazes feliz... (Cill) |