Te prendes ao solo e dele absorves a vida,
Sempre ao relento, só, desprotegida,
Enquanto jovem, do vento podes ser vítima,
E pela tempestade, arrancada e destruída...
Resistes e cresces sabedora de tua missão,
Vais dar frutos e sombra, com dedicação,
Ao desabrigado, darás guarida para dormir,
E ao menino, o prazer de em teus galhos subir...
Quando frondosa, o ninho agasalharás ao chover,
Em teu regaço, o pássaro cantará ao alvorecer,
Na noite quente, receberás do orvalho a frescura,
Como no inverno, sentirás do frio a agrura...
Ao chegar, o outono te tirará folha a folha, implacável,
A ele te entregarás, mas, farás um tapete admirável,
E quando na primavera, florires novamente,
Enfeitarás a mãe natureza, garbosa... Exuberante...
Lani (Zilani Celia)