A terra sêca bebe com ânsia e prazer.
A noite desce mais cedo,
As estrelas ficam do lado de lá...
A lua espreita por uma nesga
Entre as nuvens negras e pesadas.
A terra lava-se, e perfuma-se
Com todos os aromas.
Sacode os cabelos molhados, salpicando
Tudo á sua volta...
Aquele renque de árvores além
Balança docemente ao som da brisa,
Cantando melodias entre as folhas
Verdes e brilhantes...
Um gato vadio corre, a sua pressa
Não chega para ficar seco...
Abriga-se ali naquele portal,
Sacode-se e “lava-se” para secar
O pelo negro e liso cor da noite...
A terra alegra-se, e abre-se para ser
Fecundada por esta chuva abençoada.
Circe