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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

SONETO DA IMPERFEIÇÃO

É possível que esse mar
de tanto bater na encosta
pare no âmago da forma
d’alma perfeita da rocha

E é possível que o vento
degrane tanto o rochedo
que esbarre no substrato
do ser de pedra perfeito.


E tanto comigo mesmo
vou lutar estando preso
libertar meu ser preciso.


O que for remanescente
(o que dói e se ressente)
nem sempre é definitivo.
(A. Estebanez )