Onde encontraste tanta força
para, na dor, sorrir
para, na alegria, voos tão
altos alçar?
Onde encontraste tanta coragem
para mares abrir?
Onde encontraste esperança,
ao cair,
para reerguer-te e prosseguir?
Mulher,
Foste gerada assim...
Chuva no deserto,
sol em plena tempestade,
Dia e noite;
sol e luar
Para gerar, amar, lutar, sofrer,
viver e, sempre, recomeçar.
Mulher...
Sempre o mundo em ti
E sempre a voltar,
no destino de não ir
E sempre a ficar,
no desejo de partir.
Feridas,
por entre lágrimas e saudades
jamais vencidas,
Guerreira,
Te fizeste-te assim...
na emoção, a pura razão,
No chorar, a mais pura canção,
nas decisões, oceanos de emoções
E, no olhar, uma imensidão
de sonhos não atingidos,
desejos partidos,
atos incompreendidos
Mas, em puro e profundo Amor,
no recôndito do coração.
Mulher... eu, tu, nós...
Mulheres
Tudo ou nada,
Sempre renascendo, em cada estação.
de Otelice Soares de Oliveira