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sábado, 23 de novembro de 2024

MENSAGEM




Na última nuvem, quando morre o dia,
mando-te um sopro do meu pensamento
e vou seguindo a nuvem fugidia
nas linhas curvas do seu movimento.

Cai a noite e com ela mais se amplia
o horror deste infinito isolamento
o vento grita pela noite fria
mas nada exprime a longa voz do vento.

Nada dizem as folhas da ramada
não mais me encanta o eterno gorgolejo
da água que corre... A noite não diz nada.

Surge uma estrela e eu sinto, ao surpreendê-la
que mandas a mensagem do teu beijo
nessa pequena e solitária estrela.

Olegário Mariano Carneiro da Cunha

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