A canção das águas toca a baía
E se faz espelho do horizonte rubro
Que se despede do esplendido azul
Nesta hora mágica o silencio é benção
A cálida tarde convida, sugere.
O delírio de segurar os sonhos
Que se ajeitam dentro da alma
Entorpecidos em intimas paragens
Caminho, lenta por meus poentes.
Acompanhada de ausentes presenças
Despeço-me do dia, da solidão escoltada.
Recebo o palato blues do ocaso dolente
Fotografo na retina o lirismo do cenário
Entrego-me silente à poesia da noite
Coração acalentado pelo ruído do mar
Promessa sutil de manhãs de sol e sal
Glória Salles
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