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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Matizes de muitas nascentes

Qual tela pincelada docemente
nos matizes de saudade e candura
da casa de muitas janelas
e varandas em volta dela;
flamboyants e bougainvilles na moldura.

Muitas histórias em volta da mesa
a toalha bordada acobertando
fogão de lenha, panela de barro
a exalar pela cozinha aromas
e tramas confidentes se revelando.

Aurora do claro dia lançava vozes,
cheiro úmido de terra estercada
a misturar-se ao das rosas
identificadas e viçosas
com nome de amores batizadas.

Luminosidade afetiva do riacho,
banho em águas transparentes
em carícias suaves agraciada
e no reflexo: vivo a poesia da terra
por versos de muitas nascentes.

Stela Emilia Gusmão

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