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sábado, 26 de março de 2016

A Cavalgada

A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.


São fidalgos que voltam da caçada;

Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando,
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...


E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...


E o silêncio outra vez soturno desce,
E límpida, sem mácula, alvacenta

A lua a estrada solitária banha...

 Raimundo Correia

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