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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Antigo Jardim

Num mundo distante
há tempos esquecido
um velho baú trancado:
Sonhos e segredos perdidos...

No antigo jardim solitário
O rio guarda a lágrima errante
que se perde, que se encontra
Quando menos se espera: o instante.

Face à sombra que bem se mostra
Quem dera antes fosse luz exposta.
Publica-se a alma. Declara-se o sonho.
Sentimento esmaecido
revela-se doente e ferido,

Abraça por hora teu anjo
que em seu coração a chave lhe entrega
E ao deleite de um fino arranjo
em sussurros a névoa dispersa.
Voe para além da montanha...
Desperta! Recupera o tempo ofendido,
Renove a face de tua esperança
E acredite: ela é maior e vai além,
Além de um mundo distante...


 Marcia Bandeira

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