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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Flores

Devolvo-te as flores
que, escondido
enquanto a noite
enchia-se de estrelas
e tu de sonhos,
roubei de ti
para me perfumar,
Jardim Perfumado
que és.

E agora,
já perfumado de deusas,
devolvo-as
com o néctar
que emprestei
das abelhas rainhas
e com os beijos meus,
cuja fórmula doce
aprendi com o beija-flor.

Devolvo-as sem mais nada.

Apenas
espero que o silêncio
acomode-se entre os vácuos das palavras
e os sentidos as transparentem.

Oswaldo Antônio Begiato

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