Chego ao sol, meu pasmo é imenso!
Quero enfeitiçar o amanhecer.
Tranço cabelos, destranco roupas,
fico tramando proximidades.
Guardo nesgas da noite nos poros,
trago cartas, cristais, oráculos
e pulsares varados de vidência.
Não me seguro em pensamentos,
o mundo é coisa de sentir.
Abro janelas em mim, e portas,
mas conservo cortinas, transparências,
para reter os avisos do vento.
Todos os dias teço aprendizagens,
todos os dias renasço de assombro.
O sol é um deus que sabe doar-se.
CARMEN VASCONCELOS (RN)
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