das palavras
Alimento-me dos
mitos de barro ao
anoitecer.
Construo de ventos
minha caverna ancestral.
Há sonhos, há histórias,
há ruídos e há encantos
saídos das pedras.
Mas das palavras me
sacio e me escondo.
E das palavras escrevo
o tempo rendilhado
de solidão.
E das palavras persigo
os sítios , os lugares
interditados, as vagas
sombras que escurecem
meus dias
E sonho. E as palavras
surgem como escravos
libertos pelo fogo.
Carlos Alberto Jales
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