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sábado, 7 de janeiro de 2012

Soneto do Amor Total


Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes

Um comentário:

  1. Oi Siby.
    Que lindo lê-la nas palavras de Vinícios de Moraes. Este blog, suas escolhas, estão cada dia mais inspiradoras.
    Beijão, minha querida.
    At. O Uirapuru

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