Perambulava a esmo, na longa estrada da vida,
Quando encontrei duas damas - diferentes na aparência:
Uma velha, outra jovem, e uma à outra tão unida,
Que pareciam fundir-se ambas na mesma essência.
"Vivo a olhar o passado", me disse a dama velhinha. "E eu, mirando o futuro", comentou a jovenzinha. E quando a idosa falou: "O meu nome é Lembrança," A menina acrescentou: "Eu me chamo Esperança". |
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| Indaguei-lhes o porquê daquela franca harmonia, Se eram tão contrastantes, em sua diversidade. "Nossas mãos estão unidas, no viver do dia-a-dia, do presente, do passado, futuro e eternidade..." |
O que é a vida de hoje se não a coexistência Das vivências que passamos, com projeções do porvir?... Se um lado do coração se entrega à reminiscência, O outro vive a esperar um futuro a lhe sorrir. |
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Lembrar e sonhar... dois pólos... propulsões de nossa mente,
A nos mostrar, na saudade, no anseio e na confiança,
Que lembranças de outrora coexistem no presente,
Com sonhos que acalentamos, eternizando a esperança...
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