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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Esperanças Andorinhas




Quando em criança, nos verões, ficava

A observar o show das andorinhas

E eu via nelas esperanças minhas

Que num futuro áureo vislumbrava...

Mas o outono limpo o céu tornava:

Elas voavam a outras paragens,

E a revê-las em sonhos, em miragens,

O seu retorno então eu aguardava...

Com o girar das rodas do destino,

Fui me afastando dessas avezinhas,

No vai-e-vem das estações, fatais...

E hoje percebo, em meio ao desatino,

Que as esperanças, como as andorinhas,

Muitas se foram e não voltam mais...

© Oriza Martins

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