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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Quando lembro...

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Quando lembro de cada nova muda de afeto que recebo
e vejo florescer devagarinho no meu jardim, a lembrança
afasta as nuvens momentâneas e deixa o céu à mostra.
Faz um sorriso sereno acontecer em mim.

- Ana Jácomo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Palavras borboletas:

Palavras borboletas:
Às vezes, as palavras me seguem;
Me perseguem, me encontram,
E me encantam como pequenas borboletas
Sobre flores.
Chegam assim, de repente,
Em meu jardim de sonhos.
E, borboletando, travessas, elas pousam
Em minha mente.
Solitárias às vezes…
Às vezes aos pares, similares…
Casadas… Iguais… Confusas…
Como imagem no espelho refletidas.
Às vezes, atrevidas
Chegam em bandos,
Coloridas… Agitadas…
Brancas… amarelas… azuis…
Ensolaradas e belas. Cheias de luz!
Então, abro todas as janelas
De minha imaginação despovoada
E deixo que repousem cansadas,
Dobrando suas pequenas asas,
Na poesia empoeirada de meus versos.

Sonia Quartin

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

As palavras...

As palavras carregam sentimentos,
Trazem a força que está em nós,
seguem a luz alegre do coração,
Semeiam a felicidade no caminho,
Levam o amor e a gratidão."
AD

domingo, 28 de agosto de 2022

Ayame

Flor Ayame,
O Oriente querência de tuas raízes,
Despontou em meus versos ao sol nascente
Fazendo de ti lembrança tão presente,
Que meu sentimento é fadado a perder suas diretrizes.
Eu, em alma e asas que me poetizam,
Voo sobre o mundo dos Salgueiros,
Observo o silêncio das Gueixas e Lótus que ali habitam,
Encontro-te entre pétalas com um sorriso derradeiro,
Finda o sonho, não finda a vida.

Heleno de Paula

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Como as ondas

Ébrio de paixões hostis, avessas.
Parte o marujo rumo ao pôr do sol, longínquo.
Ensaia o suicídio entre as cordoalhas espessas
Hesita, teme o Caronte por um julgamento iníquo.

Navegante de mares bravios e de vidas assim igualadas
De cais em cais perde-se entre súcubos e desvarios
Põe-se a cama, entregue as almas escravizadas,
Deixa-as no alvor quente. Pobres os corações tão frios!

Apruma o veleiro do destino que o carrega
Iça as velas e a bandeira branca ao sol a pino
O azimute o orienta e o vento leva
Sem despedidas, sem fados tristes e calado o sino.

Na imensidão, liberto, some o marujo poeta.
Rosa dos ventos o inspira versos e como as ondas, vou te seguindo...

Heleno de Paula