Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus
dedos
sem ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva
de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda
Maria Tereza Horta
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terça-feira, 25 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Pensamentos
(Desconhecido)
"O encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias
químicas: se houver alguma reação, ambas serão transformadas." Carl Jung
Todo o encontro especial é uma primeira vez. Lya Luft
"Uso as palavras para entender meus silêncios"
Manoel de Barros
Manoel de Barros
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue. Adriana Falcão
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Adriana Falcão
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, o seu pensamento reapresenta um capítulo. Adriana Falcão
domingo, 23 de agosto de 2015
Pequenos poemas
Respiro o vento, e vivo de perfumes
No murmúrio das folhas de mangueira;
Nas noites de luar aqui descanso e a lua enche de amor a minha esteira.
No murmúrio das folhas de mangueira;
Nas noites de luar aqui descanso e a lua enche de amor a minha esteira.
Cantigas leva-as o vento...
A lembrança dos teus beijos
Inda na minh'alma existe,
Como um perfume perdido,
Nas folhas dum livro triste.
Perfume tão esquisito
E de tal suavidade,
Que mesmo desapar'cido
Revive numa saudade.
sábado, 22 de agosto de 2015
O Meu Amor Existe
O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.
O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.
Jorge Palma
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.
O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.
Jorge Palma
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Pensamentos
"Alguém que você não pode ver, manda um beijo que você não pode sentir...mas que te ama de um jeito, que você pode imaginar!" Desconhecido
“Como um Beijo,
Que com o sopro do vento
Foi roubado da imaginação. ” Flávia
Que com o sopro do vento
Foi roubado da imaginação. ” Flávia
"Custa, quando olho para a frente e vejo obstáculos . Orgulho-me quando olho para trás e os vejo derrubados ." Flávia
" Não importa quantas pessoas te admiram, mas sim quantas pessoas te respeitam! "
Flávia"aonde quer que eu vá...Como posso despedir-me de ti, se levo-te sempre no olhar?" Desconhecido
"o que fica...foi tu que fez-me ver a poesia da vida. que fez-me sentir na pele cada verso. que abriste portas que nunca hão de se fechar..." Desconhecido
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
dentro de nós
O que nos chama para dentro de nós mesmos
é uma vaga de luz, um pavio, uma sombra incerta.
Qualquer coisa que nos muda a escala do olhar
e nos torna piedosos, como quem já tem fé.
Nós que tivemos a vagarosa alegria repartida
pelo movimento, pela forma, pelo nome,
voltamos ao zero irradiante, ao ver
o que foi grande, o que foi pequeno, aliás
o que não tem tamanho, mas está agora
engrandecido dentro do novo olhar.
Fiama Hasse Pais Brandão
é uma vaga de luz, um pavio, uma sombra incerta.
Qualquer coisa que nos muda a escala do olhar
e nos torna piedosos, como quem já tem fé.
Nós que tivemos a vagarosa alegria repartida
pelo movimento, pela forma, pelo nome,
voltamos ao zero irradiante, ao ver
o que foi grande, o que foi pequeno, aliás
o que não tem tamanho, mas está agora
engrandecido dentro do novo olhar.
Fiama Hasse Pais Brandão
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
A CANÇÃO DO DELIRANTE AENGUS (1899)
Eu fui para uma floresta de nogueiras,
Porque minha mente estava inquieta,
Eu colhi e limpei algumas nozes,
E apanhei uma cereja, curvando o seu fino ramo;
E, quando as claras mariposas estavam voando,
Parecendo pequenas estrelas, flutuando erráticas,
Eu lancei framboesas, como gotas, em um riacho
E capturei uma pequena truta prateada.
Quando eu a coloquei no chão
E fui soprar para reativar as chamas,
Alguma coisa moveu-se e eu pude ouvir,
E, alguém me chamou pelo meu nome:
Apareceu-me uma jovem, brilhando suavemente
Com flores de maçãs nos cabelos
Ela me chamou pelo meu nome e correu
E desapareceu no ar, como um brilho mais forte.
Talvez eu esteja cansado de vagar em meus caminhos
Por tantas terras cheias de cavernas e colinas,
Eu vou encontrar o lugar para onde ela se foi,
E beijar seus lábios e segurar suas mãos;
Caminharemos entre coloridas folhagens,
E ficaremos juntos até o tempo do fim do tempo, colhendo
As prateadas maçãs da lua,
As douradas maçãs do sol.
William Butler Yeats
Porque minha mente estava inquieta,
Eu colhi e limpei algumas nozes,
E apanhei uma cereja, curvando o seu fino ramo;
E, quando as claras mariposas estavam voando,
Parecendo pequenas estrelas, flutuando erráticas,
Eu lancei framboesas, como gotas, em um riacho
E capturei uma pequena truta prateada.
Quando eu a coloquei no chão
E fui soprar para reativar as chamas,
Alguma coisa moveu-se e eu pude ouvir,
E, alguém me chamou pelo meu nome:
Apareceu-me uma jovem, brilhando suavemente
Com flores de maçãs nos cabelos
Ela me chamou pelo meu nome e correu
E desapareceu no ar, como um brilho mais forte.
Talvez eu esteja cansado de vagar em meus caminhos
Por tantas terras cheias de cavernas e colinas,
Eu vou encontrar o lugar para onde ela se foi,
E beijar seus lábios e segurar suas mãos;
Caminharemos entre coloridas folhagens,
E ficaremos juntos até o tempo do fim do tempo, colhendo
As prateadas maçãs da lua,
As douradas maçãs do sol.
William Butler Yeats
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Pensamentos e Hacais
Olho uma flor, recorda-me de ti.
Apetece-me colhê-la, mas não o faço.
Quando quero estar contigo, visito-te no meu jardim. Luís Ene
Apetece-me colhê-la, mas não o faço.
Quando quero estar contigo, visito-te no meu jardim. Luís Ene
Até onde podemos discernir, o único propósito da existência humana é lançar uma luz nas trevas do mero ser. Carl Jung
Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos. Carl Jung
A criação de algo novo é consumado
pelo intelecto, mas despertado pelo instinto de uma necessidade
pessoal. A mente criativa age sobre algo que ela ama. Carl Jung
No embalo do rio
ao sabor da corrente
meu amor vai comigo Eugénia Tabosa
ao sabor da corrente
meu amor vai comigo Eugénia Tabosa
meus dedos-olhos
desvendam sem pressa
doces mistérios Eugénia Tabosa
desvendam sem pressa
doces mistérios Eugénia Tabosa
Olhando nos olhos
que o lago reflete
Narciso se esquece Eugénia Tabosa
que o lago reflete
Narciso se esquece Eugénia Tabosa
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Pequenos poemas
Mar Sonoro
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andresen
A verdadeira arte de viajar
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!
Mario Quintana - A verdadeira cor do invisível
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andresen
A verdadeira arte de viajar
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!
Mario Quintana - A verdadeira cor do invisível
domingo, 16 de agosto de 2015
Momento
Nenhum sopro de ausência. Só a paixão
suave
de um sol íntimo
no seu ninho verde e alaranjado.
Simplicidade de substância volátil,
desejo no seu silêncio,
luxo indolente, frescura de vértebras solares.
Intimidade perfeita
e que demora numa cândida estância.
Tudo se tornou interno neste espaço interior,
na delícia extrema de um sossego de folhas.
O que era fugaz converteu-se em tempo enamorado
e em tranquila doçura de hábitos.
António Ramos Rosa
suave
de um sol íntimo
no seu ninho verde e alaranjado.
Simplicidade de substância volátil,
desejo no seu silêncio,
luxo indolente, frescura de vértebras solares.
Intimidade perfeita
e que demora numa cândida estância.
Tudo se tornou interno neste espaço interior,
na delícia extrema de um sossego de folhas.
O que era fugaz converteu-se em tempo enamorado
e em tranquila doçura de hábitos.
António Ramos Rosa
sábado, 15 de agosto de 2015
Hacais de Eugénia Tabosa
no inverno, o vento
dança com as folhas
a seu contento.
Mal o dia clareia
a passarada
em coro chilreia.
no aconchego da terra
a semente
vive a espera.
No azul do mar
golfinhos saltam -
parecem brincar
Debruçado no lago
Narciso, surpreso,
se vê amado.
longe noite escura
uma viola
amor murmura.
Na noite escura
um mar de espuma
chama pela lua
dança com as folhas
a seu contento.
Mal o dia clareia
a passarada
em coro chilreia.
no aconchego da terra
a semente
vive a espera.
No azul do mar
golfinhos saltam -
parecem brincar
Debruçado no lago
Narciso, surpreso,
se vê amado.
longe noite escura
uma viola
amor murmura.
Na noite escura
um mar de espuma
chama pela lua
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Pequenos poemas
Terra dos sonhos
O real e a fantasia.
O ponto de vista da criança e do adulto.
A importância das pequenas coisas.
Singelo, poético, encantador!
O real e a fantasia.
O ponto de vista da criança e do adulto.
A importância das pequenas coisas.
Singelo, poético, encantador!
olhos nos olhos
talvez, não saiba quem tu és
e tu não saibas quem sou
mas quando nossos olhares se encontrarem
junto com a luz e os olhos cheios d'água
brilhará um arco-íris no céu.
talvez, não saiba quem tu és
e tu não saibas quem sou
mas quando nossos olhares se encontrarem
junto com a luz e os olhos cheios d'água
brilhará um arco-íris no céu.
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Retrato de um Amor
Iluminas
a sombra dos meus dias
neste mundo que abrimos devagar
entre o corpo e a alma, sempre mais
secretos no abismo que os devora.
Maior do que este amor nada haverá
até ao fim dos tempos: os teus olhos
respondem ao destino, à sua eterna
graça que paira sobre as nossas vidas
agora a transbordarem numa única
razão feita de luz. a tua boca
inunda a minha língua com o sabor
de todos os sentidos que mergulham
a noite numa água sem retorno.
Para ti absorvo o hálito de um verão
em cada beijo cego, surdo e mudo
respirando de súbito em uníssono:
enigma revelado num só frémito,
insónia submersa que , em silêncio,
regressa pouco a pouco aos nossos braços
afogados na espuma do seu mar.
Perto do teu sorriso há uma fonte
embriagada e pura- meu amor,
dá-me esse coração, essa primeira
raiz de todo o fogo, esse relâmpago
onde cresce para nós a flor de um grito;
segreda-me às escuras mais um sonho
antes de adormeceres sobre o meu ombro.
Fernando Pinto do Amaral
a sombra dos meus dias
neste mundo que abrimos devagar
entre o corpo e a alma, sempre mais
secretos no abismo que os devora.
Maior do que este amor nada haverá
até ao fim dos tempos: os teus olhos
respondem ao destino, à sua eterna
graça que paira sobre as nossas vidas
agora a transbordarem numa única
razão feita de luz. a tua boca
inunda a minha língua com o sabor
de todos os sentidos que mergulham
a noite numa água sem retorno.
Para ti absorvo o hálito de um verão
em cada beijo cego, surdo e mudo
respirando de súbito em uníssono:
enigma revelado num só frémito,
insónia submersa que , em silêncio,
regressa pouco a pouco aos nossos braços
afogados na espuma do seu mar.
Perto do teu sorriso há uma fonte
embriagada e pura- meu amor,
dá-me esse coração, essa primeira
raiz de todo o fogo, esse relâmpago
onde cresce para nós a flor de um grito;
segreda-me às escuras mais um sonho
antes de adormeceres sobre o meu ombro.
Fernando Pinto do Amaral
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Pensamentos
"Um momento pode ser muito pouco
tempo, se comparado a uma vida inteira, mas uma vida inteira nada mais é
do que a construção de vários momentos." Fernando Lapolli
"Você pode até passar correndo pela vida, mas jamais conseguirá passar a vida inteira correndo."
Fernando Lapolli
"Saber ouvir é também uma forma de compreender." Fernando Lapolli
"Você pode até passar correndo pela vida, mas jamais conseguirá passar a vida inteira correndo."
Fernando Lapolli
"Saber ouvir é também uma forma de compreender." Fernando Lapolli
"O amor faz assim: duas pessoas cedem
um pouco, dividem muito, compartilham passo a passo, por fim, aprendem
que, apesar de distintos, sabem se completar." Lucila Azevedo
"Algumas pessoas, mesmo distante, conseguem transmitir tanta paz ao nosso coração, que é como se dias de sol existissem sempre..." Lucila Azevedo
"O futuro não se revela quando você olha pra frente, mas sim quando você está determinado a ir em frente!" João Aloísio Winck
"Não precisamos saber para onde
vamos, precisamos acreditar que vamos chegar, então apronta a mala e
embarca nessa viagem que é a vida como dizem o que é seu tá guardado por
isso vai lá e pega!" João Aloísio Winck
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse
Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse
ou se ao menos me desses as mãos como quem beija
e não partisses, assim, empurrando o vento
com o coração aflito, sufocado de segredos;
se ao menos percebesses que eram nossos
todos os bancos de todos os jardins;
se ao menos guardasses nos teus gestos essa bandeira de lirismo
que ambos empunhamos na cidade clandestina
Quando as manhãs cheiravam a óleo e a flores
e o inverno espreitava ainda nas esquinas como uma criança tremendo;
se ao menos tivesses levado as minhas mãos para tocar os teus dedos
para guardar o teu corpo;
se ao menos tivesses quebrado o riso frio dos espelhos
onde o teu rosto se esconde no meu rosto
e a minha boca lembra a tua despedida,
talvez que, hoje, meu amor, eu pudesse esquecer
essa cor perdida nos teus olhos.
Joaquim Pessoa
ou se ao menos me desses as mãos como quem beija
e não partisses, assim, empurrando o vento
com o coração aflito, sufocado de segredos;
se ao menos percebesses que eram nossos
todos os bancos de todos os jardins;
se ao menos guardasses nos teus gestos essa bandeira de lirismo
que ambos empunhamos na cidade clandestina
Quando as manhãs cheiravam a óleo e a flores
e o inverno espreitava ainda nas esquinas como uma criança tremendo;
se ao menos tivesses levado as minhas mãos para tocar os teus dedos
para guardar o teu corpo;
se ao menos tivesses quebrado o riso frio dos espelhos
onde o teu rosto se esconde no meu rosto
e a minha boca lembra a tua despedida,
talvez que, hoje, meu amor, eu pudesse esquecer
essa cor perdida nos teus olhos.
Joaquim Pessoa
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Entre o sono e o sonho
Entre o sono e o sonho,
Entre mim e o que em mim me suponho,
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre -
Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa
Entre mim e o que em mim me suponho,
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre -
Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa
domingo, 9 de agosto de 2015
Haicais
cada um
Cada um vê o que pareces, poucos sentem o que és. Maquiavel
Cada um vê o que pareces, poucos sentem o que és. Maquiavel
mundo inteiro
pra onde posso fugir?
você preenche o mundo inteiro
só me resta perder-me em você. Ágata e a Tempestade
pra onde posso fugir?
você preenche o mundo inteiro
só me resta perder-me em você. Ágata e a Tempestade
Gaveta
A gaveta da alegria
já está cheia
de ficar vazia. Alice Ruiz
já está cheia
de ficar vazia. Alice Ruiz
Como posso despedir-me de ti, se levo-te sempre no olhar? (Desconhecido)
sábado, 8 de agosto de 2015
Nunca são as coisas mais simples
quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se
encontra no curso previsível da vida. Porém, se
nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos
nos empurrou para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras. Nada do que se espera
transforma o que somos se não for isso:
um desvio no olhar; ou a mão que se demora
no teu ombro, forçando uma aproximação
dos lábios.
Texto de Nuno Júdice
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Um misto de oração e de feitiço...
Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...
Miguel Torga
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...
Miguel Torga
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Pensamentos
Vive a vida o mais intensamente que
puderes. Escreve essa intensidade o mais calmamente que puderes. E ela
será ainda mais intensa no absoluto do imaginário de quem te lê. Vergílio Ferreira
Uma história vivida não tem tempo de calendário - tem-no só no que se viveu. Vergílio Ferreira
Através do teu coração passou um barco. Que não pára de seguir sem ti o seu caminho.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Sophia de Mello Breyner Andresen
O êxtase do ar e a palavra do vento. Povoaram de ti meu pensamento.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Sophia de Mello Breyner Andresen
Uma volta ao sol...
Um ano de encontros e desencontros nas palavras de outros... (Desconhecido)
Um ano de encontros e desencontros nas palavras de outros... (Desconhecido)
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