menos normais
a cada manhã Goulart Gomes
ziguezagues no aquário
transparentes guelras Goulart Gomes
requentar as noites
esquecer os dias Goulart Gomes
é só vertigem:
outra parte,
linguagem. Ferreira Gullar
Ela não se aquieta
em gramados tristes
Ela não lê mãos,
mas reconhece almas...
Viaja o mundo
em busca dos sonhos
e deles, jamais desiste.
Ela vibra
quando o sol nasce...
Acaricia a rosa
sem arrancar-lhe as hastes.
Sorri para lua e tal como ela
Vez em quando míngua...
Mas não se entrega
Nada a desanima.
O riso prevalece
Em sua face.
(Sirlei L. Passolongo)
“A simplicidade consiste na falta de aparatos na vida externa. Resulta da convicção de que a verdadeira grandeza se ache no interior do homem.” Charles Wagner
No caráter, na conduta, no estilo, em todas as coisas, a simplicidade é a suprema virtude.” Henry Wadsworth Longfellow
“Não existe grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade.” Leon Tolstoi
Geralmente é quando leio
que o silêncio crepita distante.
É preciso então parar.
Prestar atenção:
Uma folha em branco
para conter a luz
antes que se perca
no escuro labirinto do momento.
Sinto
no ar seco
a invisibilidade
a que aspiro.
E na catedral inexistente
acendo uma vela imaginária
com a palavra.
O que for da profundeza do teu ser assim será o teu desejo
O que o teu desejo assim será tua vontade
O que for a tua vontade, assim serão teus atos
O que forem teus atos, assim será teu destino
Esse é o caminho de todos nos. Brihadaranyaka Upanishad
Sou uma canção de ninar!
Experimentadora dos sabores do tempo...
Estrela da constelação familiar.
Sou letra e música da canção
do mais puro sentimento,
que a mulher é capaz de cultivar.
Lembrarás tu que as manhãs
Acordam da tua luz fugidia
És esperança de perdida estrela
Quem recolhe a dor em Deus confia
Assombração que o luar esqueceu
Nas margens de um lago azul
Hoje passou a voar por mim
A última garça a caminho do sul
Era alva como a espuma do mar
Graciosa como mulher feliz
Voava de encontro ao vento
Com olhar brilhante de petiz
Hoje as gaivotas invadiram a terra
Hoje uma alma esqueceu-se de florir
Hoje é o começo do amanhã do teu querer
Hoje proclamei-te rainha no partir
À Garça?
Ou terá sido a uma triste desventura
Que me ocupou a alma em silêncio
Num soluço de desperta amargura
Mas a alma do poeta
É baía de todas as emoções
Campo de batalhas terríveis
O bater eterno de mil corações
O sentir infinito percorrendo a emoção
O choro chorado de um justo
A brisa solta do arpejo de asas de anjo
Um gesto de pena feito sem custo
Esta pena penada que percorre o papel
Deixa tatuadas as palavras que nunca saberás
A folha continua imaculadamente branca
Sem tinta a palavra encoberta não abraçará o que dirás
Gostava de ver no hoje
Tudo o que o amanhã tem para me dar
Gostava de perpetuar o sonho sonhando
Até que te pudesse encontrar
Mas o sonho corre ligeiro e confuso
Como barco na procura de um atol
Hoje procurei-te Rainha da Claridade
Errantememte até...À partida do Sol...
O PROFETA