FRAGMENTOS
Às vezes sou poeira no Chão,
sem destino, sem razão.
Outras, a ponta fina da caneta,
embebendo o papel sobre a mesa.
Sou nada e ao mesmo tempo tudo.
Nas entrelinhas me descubro.
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.
Thiago de Mello