Quem tem tempo, joga-o fora,
Quem o não tem, estranha-lhe aDemora.
Assim com o dinheiro,
Compra-se e vende-se por atacado,
Para gastar-se, mais ao lado.
Quem tem chora por mais,
Quem não tem cai-lhe os ais.
E é jovem, enquanto é tempo,
Quando envelhece, leva dentro
A mágoa do seu lamento.
E roda que roda, sete vezes a rodar,
O relógio altaneiro,
Que não tem como parar.
Jorge Humberto