(Mary Shelley)
(Benedetto Croce)
"A poesia está na alma, como o rouxinol está nos ramos." (Alfred de Musset)
Onde encontraste tanta coragem
para mares abrir?
Onde encontraste esperança,
ao cair,
para reerguer-te e prosseguir?
Mulher,
Foste gerada assim...
Chuva no deserto,
sol em plena tempestade,
Dia e noite;
sol e luar
Para gerar, amar, lutar, sofrer,
viver e, sempre, recomeçar.
Mulher...
Sempre o mundo em ti
E sempre a voltar,
no destino de não ir
E sempre a ficar,
no desejo de partir.
Feridas,
por entre lágrimas e saudades
jamais vencidas,
Guerreira,
Te fizeste-te assim...
na emoção, a pura razão,
No chorar, a mais pura canção,
nas decisões, oceanos de emoções
E, no olhar, uma imensidão
de sonhos não atingidos,
desejos partidos,
atos incompreendidos
Mas, em puro e profundo Amor,
no recôndito do coração.
Mulher... eu, tu, nós...
Mulheres
Tudo ou nada,
Sempre renascendo, em cada estação.
Tantos já sentiram
tantos cantaram em versos
tantos já ficaram submersos
em algum poema de amor...
Ah, o amor...
Aquela essência do algo imaterial,
abstrato, fugaz, estonteante
Aquela demência adoçante do poeta
que soluça, inspira, estala, grita e cala...
O amor...
Essa coesão de emoções
Que distribui em seus compassos
Uma música sutil, macia e única.
Que tem o perfume necessário
Da delicadeza que embriaga
O sabor da chuva que deságua
Antes do escurecer...
O mesmo que põe o sorriso nos olhos
uma esperança guardada na alma
enxuga os prantos
ou lagrimas são semeadas como chagas...
Como que num vôo rasante
busca sua vaga no limite do céu
faz no peito um escarcéu desumano
que perdura ou dá saudade...
Mas é ele, o amor
A força motriz
Que vive e revive soberano
Pela teimosia do coração humano
Que insiste em ser feliz
Para sempre...para sempre...para sempre...
O VENTO ME TROUXE A RESPOSTA, POR QUÊ OS SINOS TOCAM,
TOCAM POR AMORES PERDIDOS, NA LONGA ESTRADA DA VIDA.
TOCA PARA BORBOLETA DISTRÁIDA QUE SALTA DO CASULO PRA VIDA, PARA ALEGRAR ,
FLORESTAS SOMBRIAS, E FLORES Á MUITO ESQUECIDAS.
TOCAM PARA ACORDAR O SOL, QUE DORME UM SONO PROFUNDO,
E PEDE TRÉGUA AO MUNDO TACITURNO,
PELA VIDA MAL VIVIDA, PELA LÁGRIMA CAIDA, PELO SACRIFÍCIO DA TERRA.
POR SONHOS E ILUSÃO DO HOMEM SOLITÁRIO, QUE CAMINHA POR GRANDES VALES,
CRIANDO EM TORNO DE SI UMA MURALHA, COMO UMA IMENSA CORTINA
QUE O IMPEDE DE VER QUE O AMANHECER É LINDO, COMO UM ACORDE DEUM VIOLINO
POR QUEM OS SINOS TOCAM?
ELES TOCAM PARA O UNIVERSO E PARA NOS
POIS SEU SUAVE RESSOAR, É SOM DA NOSSA VOZ.
AUTORA CRISTIANE CORADI.
"Há quem me julgue perdido, porque ando a ouvir estrelas. Só quem ama tem ouvido para ouvi-las e entende-las.. "Olavo Bilac
Procura ser feliz ainda hoje, pois não sabes o que te espera o amanhã.
Omar Khayam
Quanto mais você dá calor e celebra sua vida, mais há na sua vida o que celebrar.
Oprah Winfrey
Sorte é o encontro da preparação com a oportunidade.
Oprah Winfrey - Atriz americana
Quando, na vida, uma porta se fecha para nós, há sempre outra que nos abre. Em geral, porém, olhamos com tanto pesar e ressentimento para a porta fechada, que não nos apercebemos da outra que se abriu.
Orison Swett Marden
Após cada tempestade vem o sol,
assim como nasce o dia após a noite.
Existe uma chegada em cada partida,
e em cada estrela um brilho do sol.
Em pensamentos fico sempre a divagar
Como a natureza é sábia, bela e nos ensina.
Que por mais longa e triste que seja à noite
Podemos crer que uma nova manhã se aproxima
A natureza sempre se renova,
sempre voltam as cores da primavera;
são belas as crianças quando nascem,
nostálgico é assistir ao sol se por.
A nostalgia que de repente nos invade
Quantas vezes uma brisa, passa e leva.
E a sonhar nos conduz, maravilhados.
Por ser parte da natureza que nos enleva.
É de encher os olhos a paisagem
Variedade de cores, matizes e odores.
O tempo que faz desenhos nas rochas
Os Ipês carregadinhos, multicores.
As brumas que sopram movem dunas,
e o orvalho umedece as madrugadas;
tão certo como um sonho é uma canção,
a condição de amar vem do coração.
NA PRIMEIRA FOLHA DUM ÁLBUM.
A flor mimosa que abrilhanta o prado
Ao sol nascente vai pedir fulgor;
E o sol, abrindo da açucena as folhas,
Dá-lhe perfumes - e não nega amor.
Eu que não tenho, como o sol, seus raios,
Embora sinta nesta fronte ardor,
Sempre quisera ao encetar teu álbum
Dar-lhe perfumes - desejar-lhe amor.
Meu Deus! nas folhas deste livro puro
Não manche o pranto da inocência o alvor,
Mas cada canto que cair dos lábios
Traga perfumes - e murmure amor.
Aqui se junte, qual num ramo santo,
Do nardo o aroma e da camélia a cor,
E possa a virgem, percorrendo as folhas,
Sorver perfumes - respirar amor.
Encontre a bela, caprichosa sempre,
Nos ternos hinos d'infantil frescor
Entrelaçados na grinalda amiga
Doces perfumes - e celeste amor.
Talvez que diga, recordando tarde
O doce anelo do feliz cantor:
- "Meu Deus! nas folhas do meu livro d'alma
Sobram perfumes - e não falta amor!"