Entre o olhar e a palavra
algo fala e reluz
num caminho sem curvas
de algum raio de luz...
Como risos da areia
derramada no vento
som de chuva na água
num cantar sem lamento...
Vago instante da aragem
em que a relva soluça
à procura do lado
em que a flor se debruça...
Leve cheiro de orvalho
canto de ave no cio
flor e flauta em murmúrio
no remanso do rio...
Afonso Estebanez
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