Não há brilho de pepitas em meu teto,
Nem força a aquecer tua hora sombria.
Engano! Sou plebeu. A verdade fria!...
Pensavas que eu fosse o esguio discreto.
Não tenho ouro. Meu cofre é meu afeto;
Não te darei um “Cadillac” de alegria!
Meu coração chora sem o teu abrigo;
Meu coração em festa sonha contigo.
Minh’alma lamenta!... Um grito profundo!...
Urge viver. Chegará o remanso...
Tua marca-d’água está no meu mundo!
Machado de Carlos
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