Sigo atenta as suas suaves pegadas
Que, em poeira, se vão, com o vento lasso.
Ah! Tão lasso!
Nessa hora me bate uma saudade...
Hora do lusco-fusco, da ebriedade,
Torpor de amor!
Ouço o assovio dos ventos pelas ramas,
Que entoa as dores, anseios de quem ama,
Tanto afã!
Pela janela entreaberta eu o sinto,
Caminhando sobre o vento, faminto
Deste amor...
Entrego-me a essa louca paixão,
Caminhante dos sonhos, da ilusão...
Visão da noite!
Comovido o luar, faz-se em clareza,
Ilumina as marcas da certeza,
Gravadas no tempo.
E o tempo me diz: -"Elas não se foram,
Vieram sementes e agora enfloram;
São Pegadas do Vento!"
® Sonya Azevedo
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quarta-feira, 2 de abril de 2025
terça-feira, 1 de abril de 2025
segunda-feira, 31 de março de 2025
Talvez ...
Talvez a vida nos roube a comunicação,
mas certamente não nos fará esquecer de quem amamos,
pois a coisa mais linda da vida é quando nomes que lhes são
caros aparecem na minha frente,
como pérolas escondidas, corações que carregam amor ,
dignidade e apreço, corações puros e finos..
pois a coisa mais linda da vida é quando nomes que lhes são
caros aparecem na minha frente,
como pérolas escondidas, corações que carregam amor ,
dignidade e apreço, corações puros e finos..
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domingo, 30 de março de 2025
"SIMPLICIDADE, FELICIDADE..."

Simplicidade...Felicidade...
Ser como as rosas... o céu sem fim,
a árvore, o rio... Por que não há de
ser toda gente também assim?
Ser como as rosas: bocas vermelhas
que não disseram nunca a ninguém
que têm perfumes... Mas as abelhas
e os homens sabem o que elas têm!.
Ser como o espaço, que é azul de longe,
de perto é nada.,.. Mas quem o vê
- arvores, aves, olhos de monge...
busca-o sem mesmo saber porque.
Ser como o rio cheio de graça,
que move o moinho, dá vida ao lar,
fecunda as terras...E, rindo, passa,
despretensioso, sempre a cantar.
Ou ser como a árvore: aos lavradores
dá lenha e fruto, dá sombra e paz;
dá ninho ás aves; ao inseto, flores...
Mas nada sabe do bem que faz.
Felicidade - sonho sombrio!
Feliz é o simples que sabe ser
como o ar, as rosas, a árvore, o rio:
simples, mas simples sem o saber!
Guilherme de Almeida
- In Toda a Poesia
sábado, 29 de março de 2025
sexta-feira, 28 de março de 2025
A beleza do Universo
A beleza do Universo não tem parêa É só olharmos para cima
para vislumbramos as estrelas.
Gilvania do Monte
quinta-feira, 27 de março de 2025
Tarde

A tarde morre suavemente, como um poeta...
E, estendendo no céu a mão longa e nervosa,
desfolha a flor do dia em nuvens cor de rosa...
Há uma viagem chorando em cada lírio, inquieta...
Uma asa tonta risca o espaço, silenciosa.
O lago de cristal tem uma dor secreta
e uma folha, que tomba, enruga-lhe, medrosa,
como a fronte de um velho, a superfície quieta.
Alguém chora outro alguém sobre o musgo de um banco
No ar parado perpassa uma ânsia de violinos,
de perguntas de amor que ficam sem respostas...
E a Tarde, em seu caixão de virgem, todo branco,
passa lânguida e morta... E, pela voz dos sinos,
todas as torres vão rezando de mãos postas...
Guilherme de Almeida
- Serenidade - In Toda a Poesia
quarta-feira, 26 de março de 2025
terça-feira, 25 de março de 2025
Há uma poesia...
Há uma poesia azul nas entrelinhas do pensamento feliz...
Há uma poesia em ti...
Há uma poesia aqui…
SUELY RIBELLA

segunda-feira, 24 de março de 2025
'AS VOZES DA NATUREZA'
As vozes que nos vêm da natureza
Traduzem sempre um mútuo sentimento.
Cantam as frondes pela voz do vento,
Pelo manancial canta a represa.
Pelas estrelas canta o firmamento
Nas suas grandes noites de beleza.
Cada nota a outra nota vive presa,
É um pensamento de outro pensamento.
Pelas folhas murmura a voz da estrada,
Pelos salgueiros canta a água parada
E o amigo sol, apenas se levanta,
Jogando o manto de ouro ao céu deserto,
Chama as cigarras todas para perto,
Que é na voz das cigarras que ele canta.
Olegário Mariano
Cantam as frondes pela voz do vento,
Pelo manancial canta a represa.
Pelas estrelas canta o firmamento
Nas suas grandes noites de beleza.
Cada nota a outra nota vive presa,
É um pensamento de outro pensamento.
Pelas folhas murmura a voz da estrada,
Pelos salgueiros canta a água parada
E o amigo sol, apenas se levanta,
Jogando o manto de ouro ao céu deserto,
Chama as cigarras todas para perto,
Que é na voz das cigarras que ele canta.
Olegário Mariano
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