Seguidores


segunda-feira, 21 de março de 2022

Poesia…

Poesia! Tu és versos tatuados no papel
Em rabiscos de letras que se agrupam…
És Pena que desliza como um batel
Em correntes de frases que se aludam

És folha seca que cai no Outono
Em chão varrido pelas asas do vento…
És chuva melancólica que em dia morno
Abate-se no coração em jeito de alento

És flor regada pelas gotas do orvalho
Em auroras perfumadas do despertar…
És o queixume do coração em retalho
Lavado no rio que leva segredos ao mar

Poesia! Tu és o rasgar dos horizontes
Que propicia a saudade de quem a lê…
És águas sedentas que jorram das fontes
O colorir das fantasias que não se vê

És o vestir dos trajes de um paraíso
Saciados com suores dos pensamentos…
És o dançar ao som de um sorriso
Num chão de nuvens em desfasamentos

És a essência desfocada do amor
Que aprisiona tempestades de alegria…
És alcançar infinitos mundos com o rigor
De poetizar tudo… porque tudo é poesia

-Manzas-

domingo, 20 de março de 2022

Pensamentos

Quando lançares a flecha da verdade, molha a seta com mel...

MÁXIMA ÁRABE


Não preciso de um amigo que obedeça aos meus caprichos ou siga os meus passos; isso faz, e muito melhor a minha sombra...
Plutarco

sábado, 19 de março de 2022

"Retorno"

"Sou o grande responsável pelo meu caminho e cultivo a retidão no meu pensar
- no meu sentir e no meu agir. O que semeio - eu colho.
Sou um bom semeador
- plantando boas sementes de paz - amor e alegria...
Eu confio e eu agradeço."

AD

sexta-feira, 18 de março de 2022

ATRÁS DAS ÁRVORES BROTAM FLORES

Não sei se estender as mãos é o suficiente
Levanto-as para o céu
E as montanhas à minha frente
Continuam quietas

As portas se abrem
E as palavras ecoam em meus ouvidos
As cores das paredes
São sempre iguais

O pássaro que eu espero ver voando
Não cruza o céu
Em direção ao rio

Atrás das árvores brotam flores
Mas para colher
É preciso ter o coração puro

Arnoldo Pimentel

quinta-feira, 17 de março de 2022

quarta-feira, 16 de março de 2022

Pensamentos

Fugindo da futilidade do sonho, encaro a realidade sem misticismos,
 ou contemplações...
Sonho porque sonho, sem outra razão que não seja enganar a realidade...
Friamente analiso momentos, não lhes dando mais valor que distração intima...
No entanto, há momentos, muitos momentos, em que o sonho é alimento precioso da alma, necessário á vida....

CIRCE

terça-feira, 15 de março de 2022

POEMAS DO DESERTO

Há poemas escritos nas areias dos desertos,
Que o vento arrasta na sua dança entre as dunas.
Nómadas senhores, trazem na alma,
Tatuada a cantiga das tempestades ensolaradas,
Em campos doirados tocados pelos dedos
Longos dos Deuses do deserto,
O sol dança com as sombras projetadas
Nesse chão macio e irregular.
A terra arde entre o nada, e o céu explode de azul....
O ocaso transforma a terra,
E o poema nasce ali onde o vento canta,
E o horizonte não tem fim....

Circe

segunda-feira, 14 de março de 2022

Existe uma hora pra esperar, outra pra fazer...

Existe uma hora pra esperar, outra pra fazer. Quem planta uma semente deve esperar. Enquanto espera, rega a terra, retirara o mato e aduba em volta da semente. Esperar não é ficar imóvel. É ocupar-se com as coisas necessárias para que os seus sonhos possam florescer.

L.S. Alves

domingo, 13 de março de 2022

Lindo texto

Eu modifico perfumes e flores em palavras e velas — e planto meu verbo num jardim que fala.
 Há hoje um canteiro de ternuras e rosas no meu corpo falante. Então, as ternuras as digo, e as rosas, acendo com a força do vento — e depois as cavalgo para singrar oceanos com a beleza do amor. Por isso converto em verdade o que me diz a Loucura — e parto em busca de mais aventura e mais liberdade.
Todo dia. Toda noite.

Edson Marques

sábado, 12 de março de 2022

"Hora Azul"

Hora azul. No parque,
o ocaso tem sugestões de pintura.
Crescem as sombras e a alvura
dos cisnes, no tanque raso.

O velho jardim de luxo
parece um vaso de aromas.
Harmonias policromas
sobem d'água do repuxo.

A tarde cai dos espaços
como uma flor, a um arranco
do vento, cai aos pedaços.

E a noite vem... No jardim,
o luar, como um pavão branco,
abre a cauda de marfim.

Onestaldo de Pennafort