independente de calendários e vivem com urgência,
para alimentar o ato de ser feliz."
Ita Portugal
Vento, impõe sobre mim, tua força,
Se pedir pra parares não me ouça,
Arrasta-me para o alto da minha esperança,
Onde a dor, por mais que queira, não me alcança...
Deixa-me rodopiar em tuas asas, como bailarina,
Confiante soltar-te a mão, como o fazia em menina,
Brincar nas estrelas, pular amarelinha,
E aconchegar-me a ti, quando chegar a noitinha...
Quero voar contigo, meu amigo, irmão,
Livrar-me das amarras, que me prendem ao chão,
E, ao rompermos juntos, a barreira da razão,
Restar-nos, intacto e livre, um só coração...
Vento, entrego-me a ti, aqui e agora,
Se tiver de mais sofrer, jogue, minha chave fora,
Ao sabor de teu sopro, meu corpo descansa,
Liberto, renovado... Repleto de esperança...
Lani (Zilani Celia)