No murmúrio apagado
desta noite,
no balançar cansado
de serões preenchidos,
acompanhados,
invoco o estado puro de solidão.
E desejo a sala vazia,
o quarto silencioso,
o acenar mudo
de fantasmas inventados...
Porque é no respirar só
que as palavras se levantam;
Porque é no adormecer só
que os sonhos fluem;
E porque amar
é amar só.
(Filipa Leal)
(Filipa Leal)