eu
quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro
ou está por fora
quem está por fora
não segura
um olhar que demora
de dentro de meu centro
este poema me olha.
Paulo Leminski
Seguidores
domingo, 2 de agosto de 2015
sábado, 1 de agosto de 2015
Gosto de olhos nos olhos
Gosto de olhos nos olhos é feitiço
Há poesia no acasalar das olhadas
Na retina faísca, há compromisso.
Verdades pelos lados espalhadas!
Gosto de olhos nos olhos é anseio
Gosto de ver o sorriso do coração
Gosto de aspirar à que a mim veio
Gosto de ver a alma fluir emoção!
Gosto de olhos nos olhos, diálogo.
Um silêncio compreendido afinal
Perfeito bate boca, é quase verbal!
Gosto de olho no olho, dizer tudo.
Gosto desses cristais do momento
Aprecio olhares que lê pensamento!
ღRaquel Ordonesღ
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Pensamentos
Dúvida "É preciso, por enquanto e até segunda ordem, duvidar atrozmente, não propriamente da existência, que está ao alcance de qualquer um, mas da agitação interior e da profunda sensibilidade das coisas, dos atos, da realidade." Antonin Artaud
"O tempo é como um encantamento. A gente nunca tem quanto imagina." Khaled Hosseini - O Silêncio das Montanhas
"E seguiu tocando a vida. Porque, no fundo, sabia que era tudo o que podia fazer. Viver e ter esperanças." (A Cidade do sol) Khaled Hosseini
Passado "Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar." Khaled Hosseini
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Dia Sim
Há dias em que são assim.
Logo pela manhã, o impulso de abrir os olhos
vem acompanhado com um acelerado palpitar do coração.
Parece que se teve
uma noite inteira de sonhos bons e acorda-se com aquela lembrança mais
feliz.
É um dia feito para amar. Amar e deixar amar.
Dia em que o sol e o
céu azul fazem mais sentido.
Nesses dias tudo são cores.
Dia em que se
acorda virada para o sol.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Fui...
terça-feira, 28 de julho de 2015
Pensamentos
"A eternidade é saber que existes,
abrir os olhos enquanto dormes, ou então adormecer enquanto me olhas, e
depois viver para sempre." Pedro Chagas Freitas
"As obras de arte são de uma solidão
infinita: nada pior do que a crítica para as abordar. Apenas o amor pode
captá-las, conservá-las, ser justo em relação a elas." Rainer Maria Rilke
"Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama..." Desconhecido
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama..." Desconhecido
"Amizade é como flores, não podemos deixar de regá-las, mas também não podemos regá-las muito."
Manuel Bandeira
"Eu gosto de delicadeza.
Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar..." Manuel Bandeira
Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar..." Manuel Bandeira
"Vivo nas estrelas porque é lá que brilha a minha alma." Manuel Bandeira
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Pequenos poemas
"Toda a poesia é luminosa,
até a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol,
nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar outra vez e outra vez
e outra vez a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar."
até a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol,
nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar outra vez e outra vez
e outra vez a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar."
"O teu amor veio até meu coração e partiu feliz.
Depois
retornou, vestiu a veste do amor, mas mais uma vez foi embora.
Timidamente lhe supliquei que ficasse comigo ao menos por alguns dias.
Ele se sentou junto a mim e se esqueceu de partir."
domingo, 26 de julho de 2015
Encontro de almas
Vem,
Conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.
Sem exibir os dentes,
sorri comigo, como um botão de rosa.
Entendamo-nos pelos pensamentos,
sem língua sem lábios.
Sem abrir a boca,
contemo-nos todos os segredos do mundo,
como faria o intelecto divino.
Fujamos dos incrédulos
que só são capazes de entender
se escutam palavras e vêem rostos.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.
Como podes dizer à tua mão: "toca",
se todas as mãos são uma?
Vem, conversemos assim.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar -te.
Jalal Al-Din Rumi
Conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.
Sem exibir os dentes,
sorri comigo, como um botão de rosa.
Entendamo-nos pelos pensamentos,
sem língua sem lábios.
Sem abrir a boca,
contemo-nos todos os segredos do mundo,
como faria o intelecto divino.
Fujamos dos incrédulos
que só são capazes de entender
se escutam palavras e vêem rostos.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.
Como podes dizer à tua mão: "toca",
se todas as mãos são uma?
Vem, conversemos assim.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar -te.
Jalal Al-Din Rumi
sábado, 25 de julho de 2015
Pensamentos
"Quem é que pode parar os
caminhos? E os rios cantando e correndo? E as folhas ao vento? E os
ninhos? E a poesia? A poesia como um seio nascendo..." Mario Quintana
"A vida esconde nos lugares mais simples sua grande beleza, que revela qual o significado de porque persistimos em continuar vivendo." Pablo Neruda
"A vida esconde nos lugares mais simples sua grande beleza, que revela qual o significado de porque persistimos em continuar vivendo." Pablo Neruda
"Os ventos, ventam poesia, os pássaros, cantam poesia..os rios, correm poesia, e nós.. a vivemos cada dia."
Anne Isabelle
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Os Justos
Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez nem lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de um certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.
Jorge Luis Borges
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez nem lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de um certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.
Jorge Luis Borges
quinta-feira, 23 de julho de 2015
As Evidências
Amo-te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa…
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.
Jorge Luis Borges
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa…
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.
Jorge Luis Borges
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Pensamentos
"Não sei, deixo rolar. Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo." Caio Fernando Abreu
"A mim este sol, estes prados, estas flores contentam-me."
(Heterônimo de Fernando Pessoa) Alberto Caeiro
"A memória é o sopro com que os mortos vivem através de nós. Devemos cuidar dela como da vida."
Miguel Esteves Cardosoterça-feira, 21 de julho de 2015
Pequenos poemas
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
O que brilha no vazio
dura sob o olhar divino,
Gárgulas de luz,
derramando a voz
do rio.
dura sob o olhar divino,
Gárgulas de luz,
derramando a voz
do rio.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Amiga...Amigo...
Amiga...Amigo...
Ela ou ele, sem identidade,
O importante é a sinceridade,
Você comigo, eu contigo.
Ela ou ele, sem identidade,
O importante é a sinceridade,
Você comigo, eu contigo.
Amiga...amigo...
Quando some dá saudade,
Quando aparece é felicidade,
É alegria e palavras de afago.
Amiga...amigo...
É compreensão e afinidade,
Não importa a cor ou a idade,
No coração sempre há abrigo.
Amiga...amigo...
Sentimento de verdade,
Laços fortes de amizade,
Que unem você comigo.
Sibylla Ignês Steuernagel
Quando some dá saudade,
Quando aparece é felicidade,
É alegria e palavras de afago.
Amiga...amigo...
É compreensão e afinidade,
Não importa a cor ou a idade,
No coração sempre há abrigo.
Amiga...amigo...
Sentimento de verdade,
Laços fortes de amizade,
Que unem você comigo.
Sibylla Ignês Steuernagel
domingo, 19 de julho de 2015
Pensamentos de Mario Quintana
Alma
A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.
Dupla delícia
O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.
Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...não a gente a ele!
O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...
Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho.
A amizade é um amor que nunca morre.
O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.
sábado, 18 de julho de 2015
Poema do amor impossível
Gosto do silêncio em que vivemos
quando nos encontramos
os longos olhares panorâmicos
os corpos que parecem apenas um
os lábios que falam calando as palavras
gosto desse silêncio
que é como um manto
como o ar em que as aves voam
como um vazio em que tudo é possível
é assim o nosso silêncio
que diz tanto de nós dois.
Luís Ene
quando nos encontramos
os longos olhares panorâmicos
os corpos que parecem apenas um
os lábios que falam calando as palavras
gosto desse silêncio
que é como um manto
como o ar em que as aves voam
como um vazio em que tudo é possível
é assim o nosso silêncio
que diz tanto de nós dois.
Luís Ene
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Soneto
Lábios
que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho:
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
Nuno Júdice
que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho:
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
Nuno Júdice
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Pensamentos
Seja forte, siga em frente, respire fundo, e perceba a importância de se
ter braços vazios, pra que se possa ter espaço em si para abraçar o
mundo. Marla de Queiroz
Se não pudermos ser bons o tempo todo, sejamos ao menos bem intencionados… Marla de Queiroz
Celebro o amor e elejo um pensamento bom por dia. Percebo a força que palavras doces têm. E sei que o que recebo é sempre um eco. Marla de Queiroz
Se não pudermos ser bons o tempo todo, sejamos ao menos bem intencionados… Marla de Queiroz
Celebro o amor e elejo um pensamento bom por dia. Percebo a força que palavras doces têm. E sei que o que recebo é sempre um eco. Marla de Queiroz
Se os líderes lessem poesia, seriam mais sábios. Octavio Paz
Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras; e por tudo isso, ando cada vez mais só...
Caio Fernando Abreu
Tenho achado viver tão bonito. Caio Fernando Abreu
E a vida existe e também é bonita. E se renova. Tem lados de luz.
Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Pequenos poemas de Octávio Paz
DESTINO DO POETA
Palavras? Sim. De ar
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro era mundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.
Também a luz em si mesma se perde.
Certeza
Se é real a luz branca
desta lâmpada, real
a mão que escreve, são reais
os olhos que olham o escrito?
Duma palavra à outra
o que digo desvanece-se.
Sei que estou vivo
entre dois parênteses.
Palavras? Sim. De ar
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro era mundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.
Também a luz em si mesma se perde.
Certeza
Se é real a luz branca
desta lâmpada, real
a mão que escreve, são reais
os olhos que olham o escrito?
Duma palavra à outra
o que digo desvanece-se.
Sei que estou vivo
entre dois parênteses.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Poema de Paulo Leminski
Assinar:
Postagens (Atom)