a saudade é mais do que é,
e esconde a identidade.
Pastora sem nome,
é de nuvens seu rebanho de lembranças,
e ilimitado seu tempo sem rima.
como um país emprestado,
e nas suas mãos aparentemente vazias,
traz de presente a clandestinidade dos sentimentos.
Divide e confunde meu equilíbrio,
quando abraço inutilmente
essa metade silenciosa que está aqui,e não a tenho.
Andamos lado a lado.
Medos e amores apertando o peito,
sem culpas nem culpados.
A lágrima livre e verdadeira
rebentando quente num campo aberto,
de quem não se envergonha do que sente.
(Rosy Moreira)