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Deixar que invada o sol meu quarto a dentro,
Soltar amarras,enfunar as velas,
ir dos meus mares navegar ao centro.
Quero pintar alegres aquarelas
e não deixar pelos versos que invento,
nenhum vestígio de dor ou següelas,
destas que o amor traz qualquer momento.
Quero sentir o vento no meu rosto.
Ir beber água da mais pura fonte.
Me inebriar na luz d'algum sol posto
e antes que a noite torne a terra um breu,
eu quero crer que as nuvens do horizonte
escrevem o teu nome junto ao meu.
Jenário de Fátima