![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWaax4ip8UGhG8RbDEdC6rPZSROgVY9u-FLWNGgs2b9zeGfSNPgXcF0E-ThEOzJKJ57_en5uHOauBXDDRYQuFbWcsMMFsPqYTcPHCZ2i4846Einr3yZaAX59zWOsBjGx1uU8HUHY0l2V0/s320/179.gif)
Na Primavera, andarei com o amor, lado a lado, e cantaremos juntos entre as colinas; e seguiremos as pegadas da vida, que são as violetas e as margaridas; e beberemos a água da chuva, acumulada nos poços,
em taças feitas de narciso e lírios.
No Verão, deitar-me-ei ao lado do amor sobre camas feitas com feixes de espigas, tendo o firmamento por cobertor e a lua e as estrelas por companheiras.
No Outono, irei com o amor aos vinhedos e nos sentaremos no lagar,
e contemplaremos as árvores se despindo das suas vestimentas douradas
e os bandos de aves migratórias voando para as costas do mar.
No Inverno, sentar-me-ei com o amor diante da lareira e conversaremos
sobre os acontecimentos dos séculos e os anais das nações e povos.
O amor será meu tutor na juventude, meu apoio na maturidade,
e meu consolo na velhice.
O amor permanecerá comigo até o fim da vida, até que a morte chegue,
e a mão de Deus nos reúna de novo.
Gibran Kahlil Gibran