![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm2TZ4EZ4Mx-yacDlLkvq5fTvxvSzOT7gKNo-ci84Bh2qlQe6VreFF45W8VedmgG-f1hWuT54k8mUDZCkKKM4K1TF1t5thOiIGUIbJWiB-hhQEGYSI8fQKmbo_UZrV0Zha_3clkdVj9_4/s400/u29007723.jpg)
“... A folha se descobriu a perder a cor, a ficar cada vez mais frágil. Havia sempre frio e a neve pesava sobre ela.
E quando amanheceu veio o vento que arrancou a folha de seu galho. Não doeu. Ela sentiu que flutuava no ar, muito serena.
E, enquanto caía, ela viu a árvore inteira pela primeira vez.
Como era forte e firme! Teve certeza de que a árvore viveria por muito tempo, compreendeu que fora parte de sua vida. E isso deixou-a orgulhosa.
A folha pousou num monte de neve. Estava macio, até mesmo aconchegante. Naquela nova posição, a folha estava mais confortável do que jamais se sentira. Ela fechou os olhos e adormeceu. Não sabia que a folha que fora, seca e aparentemente inútil, se ajuntaria com água e serviria para tornar a árvore mais forte. E, principalmente, não sabia que ali, na árvore e no solo, já havia planos para novas folhas na primavera.