![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBUnIAhcZ-tjCXeNCmC30oOYgI1rH_RBeup4-AsRiJd2mhhRy-WyoQ-0jaW-PAJIIkq1VX5if1ak3-T3e8iiOVJTjNgizlKJyqQg3kT3yY4cQqHhnaJrDRsG4m8lNBIen2faw486r9Weo/s320/5.gif)
![](file:///C:/Users/CONVID%7E1/AppData/Local/Temp/moz-screenshot.jpg)
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. (Fernando Pessoa)